Nilo fica perto de Lisbon Baixa. Convidados não gostam de polvo e cerveja neste restaurante. Baseado em opiniões dos visitantes, os funcionários podem ser hospitaleiros. O serviço pronto é o que vários clientes descrevem como a característica principal deste restaurante.
Para além de bombardeado pelo sr que estava a porta para entrar, resolvi experimentar, ao que resolvi perguntar se o peixe seria fresco ao que me responderam prontamente que sim, não, não era fresco.
Apos as entradas e 45minutos depois, já um pouco aborrecida deparo-me com uma barata a subir pelo teto, sim, eu disse a palavra barata, o que é inadmissivel.
A refeicao quando chegou estava nojenta, batata mal cozida, peixe ainda cru. Inadmissivel, ainda pensando nas baratas que estavam na cozinha, ao que me decidi vir embora.
Isto é uma situação inadmissivel, e num sitio certamente que nao coloco la mais os pes.
Assim que toda a gente chegou os empregados (com muito pouca simpatia e postura) apresentaram-nos as escolhas que teríamos de prato principal, se não me engano: Alheira de Mirandela, Bifinhos com cogumelos, chocos grelhados, bacalhau à Brás, Frango assado, entre outros. Para termos direito às entradas tivemos que as solicitar (vergonhoso), e qual não é o nosso espanto quando começam a servir os pratos principais antes de servir a sopa.
Primeiramente nunca se serve um prato principal a um grupo de pessoas um por um, servem-se todos ao mesmo tempo, se não o que acontece é que enquanto uns já comeram os outros ainda estão a receber a comida, ou então não se come e fica-se com a comida fria. A justificação para a sopa foi: "Ninguém a pediu"! Mas tem que se pedir?! Se estava no menu, tanto as entradas (que não passaram de pão rosqueiro com duas ou três manteigas e embalagens de patê de atum) como a sopa deveriam ser servidas, indiscutivelmente.
Claro que depois disto o resto do serviço foi caindo a pique (sim, ainda mais). Desde pessoas a receberem alheiras esturricadas, bacalhau à Brás embebido em óleo, chocos mal temperados e minúsculos e batatas cruas. A apresentação era muito pouco convidativa e por incrível que pareça os Bifinhos nem eram assim tão maus.. Mesmo nos tendo servido dois Bifinhos do tamanho de uma palma de mão quase sem molho, uma colherzinha de arroz e meia dúzia de palitos de batata frita, o sabor nem era tão mau...
Quando a comida começou a ir para trás, uma das convidadas quis trocar de prato e não a quiseram servir. Ou comia os chocos ou tinha que pagar outro prato, sendo que ela nem tinha tocado na comida.
Quando os empregados entravam na cozinha para devolver os pratos, uma senhora loira com sotaque brasileiro, literalmente gritava com eles e proferia palavrões ao ponto de se ouvir na sala de jantar, e ao observar as janelecas que dão acesso à cozinha pude ver esta mesma pessoa a coçar o nariz, a provar a comida com as mãos, sem touca de cabelo, sem luvas, sem qualquer cuidados de higiene e respeito pelos clientes.
Como se não bastasse ainda consegui ver, por uma frincha da porta, pedaços de frango assado já confeccionado dentro de um alguidar (daqueles de lavar a roupa que há nas lojas de trezentos). NOJENTO.
No meio da confusão que se instalou entre os convidados, nem um pedido de desculpas nos foi dado pela tal senhora loira, que aparentemente era a gerente substituta.
Já numa de gozo, foram pedidas as sobremesas, e posso dizer sem qualquer exagero que a mousse de chocolate estava tão dura, tão seca, tão ressecada que dava para escavacar e espetar a colher e a mesma ficar totalmente hirta. Parecia plasticina.
Para finalizar, com um batalhão esfomeado, totalmente insatisfeito lá apareceu a gerente, que em primeiro lugar negou ser a gerente (mesmo que os próprios empregados tivessem confirmado que realmente era a gerente), com uma atitude de desprezo, má educação, sem qualquer respeito e profissionalismo que escutou as nossas reclamações com um ar de gozo, e quando lhe pedi o livro de reclamações disse que eu tinha que pagar antes de reclamar. Limitou-se a culpar os empregados, e quando lhe sugeriram que a mesma pedisse desculpas, indagou: "Na minha terra as desculpas não se pedem, evitam-se". Meu deus. Parecia uma situação de apanhados, começamos a achar que estávamos a ser filmados pela SIC ou pela TVI, esperava ver o Nuno Eiró ou o Goucha a entrar pelo restaurante a dentro, mas infelizmente era mesmo real.
Moral da história: quase ninguém pagou o jantar, e estes incompetentes vão continuar a sobreviver à conta dos estrangeiros que ao invés de provarem comida portuguesa de qualidade, irão ao Nilo comer a porcaria que eles servem.
Localizado naquela rua terrível da baixa em que os transeuntes são como que bombardeados por sugestões de empregados, que tentam aliciá-los para comer no seu restaurante, este sítio não é exceção.
Para já, o espaço é completamente normal, não totalmente desagradável, mas também não propriamente bonito.
O serviço é zeloso, apesar de não muito simpático e de até enganar um pouco as pessoas.
Bom, lá vieram as sardinhas, que, como é normal, eram congeladas. No entanto, sardinhas congeladas não têm de ser tão sensaboronas. Para além de que mais um pouco de tempo na grelha não lhes faria mal. A dose era algo pequena, tendo em conta o preço a ela associado.
Aquilo que estava realmente bom era os pimentos assados que acompanhavam as sardinhas. Estavam genuinamente saborosos!
No fim ainda pedimos sobremesas para compensar o vazio que as sardinhas deixaram, e as mesmas também não eram muito deliciosas. Valeu por terem leite-creme, que decidi provar com mostarda, para comprovar a sugestão feita por um amigo. Aconselho, fica mesmo muito bom!
Assim, apesar do sítio não ser muito bom, ficou com esta boa memória associada, o que se calhar amenizou a minha crítica, mas não é de todo um sítio que aconselhe.